Bem Estar

Dificuldade de Aprendizagem?

Criança, adolescente, jovem ou adulto, não importa a idade, toda pessoa tem condições de aprender e desempenhar suas atividades mesmo tendo Dislexia, Déficit de Atenção e Hiperatividade

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Nossa sociedade ainda enfrenta muitos tabus quando uma pessoa não se encaixa naquela que é considerada a forma padrão de aprendizagem. É muito comum nesses casos haver um distanciamento dos colegas, e como consequência a redução do convívio social, aborrecimentos com o baixo desempenho nos estudos, notas baixas no boletim, e até mesmo problemas com autoestima, principalmente quando se instala o pensamento de que o indivíduo não tem condições de aprender.  Mas, a psicopedagoga e psicóloga Sabrina Jany Guetta Guelhorn, do Centro Psicopedagógico Parceria, é enfática: “Toda pessoa têm condições de aprender, basta criarmos condições para que ela descubra sua melhor forma de aprender. Todos tem seu jeito próprio”.

O primeiro passo para ajudar quem está com dificuldade de aprendizagem é tomar consciência de que a pessoa precisa de ajuda. “Se os pais, por exemplo,  percebem que o filho ou a filha está com notas baixas ou tendo dificuldade em alguma matéria, problemas com leitura, interpretação de texto, cálculos, falta de atenção e/ou desestimulado (a) precisa verificar o que está ocorrendo. Isso deve ser feito sempre de forma integrada com a família, a escola e um profissional da área de psicopedagogia. É o trabalho multidisciplinar que irá mostrar qual o melhor caminho de aprendizagem para a pessoa”, esclarece Sabrina.

 

Trabalho multidisciplinar

Mesmo quem sempre teve atenção e acompanhamento dos pais na hora de estudar,  pode sentir bastante dificuldade em aprender.  Foi o que aconteceu com Eduardo de 12 anos. “Ele tinha muita dificuldade de leitura e interpretação de texto”, conta a mãe Elizabete, que é professora. “Quando ele começou a crescer, percebi que não queria mais fazer os trabalhos e as lições comigo, precisava de uma outra pessoa”.  Assim, ela procurou a ajuda de uma psicopedagoga, que desenvolve um trabalho de aprendizagem personalizado com Eduardo, envolvendo a família e a escola. Deu certo!

Eduardo tem Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), e Dislexia, todavia, com o trabalho realizado de forma integrada e multidisciplinar estuda bem e nunca reprovou de ano. A mãe conta que depois de acertar o método de ensino, o filho melhorou muito as notas e também a autoestima. “Agora ele sai mais com os amigos, melhorou o convívio social. A gente percebe que ele está mais dinâmico. O próprio neurologista dele ficou impressionado com o resultado”, conta feliz.

Exemplo que vem da escola

A escola também desempenha papel fundamental no momento de analisar e verificar quais são os instrumentos e/ou o melhor caminho para o aluno aprender.  “A partir do momento que o professor percebe uma dificuldade maior do aluno, conversamos com a família. Verificamos se há necessidade de envolver um outro profissional, como psicopedagogo ou fonoaudiólogo, por exemplo. Começa aí um trabalho multidisciplinar, “ feito com o consentimento e a participação dos pais”, esclarece a professora Mirian Lourdes Zanatta, diretora da Escola Israelita Brasileira Salomão Guelmann, em Curitiba.

“A escola traça com a família estratégias de trabalho. Formula novos instrumentos avaliativos e verifica a melhor forma de aprendizagem para aquele aluno. No caso do TDAH fazemos o que chamamos de releitura. Além do acompanhamento em sala de aula um professor faz análise em separado com o aluno, para descobrir mais sobre suas dificuldades e sua forma de aprendizagem. Ele tem também a oportunidade de refazer a prova em outro ambiente pedagógico”. Outro exemplo é o trabalho com alunos que possuem Dislexia. Nesse caso, “o estudante faz a prova oral além da escrita”, esclarece a diretora.

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