Nutrição

Individualidade bioquímica e nutrição personalizada

Além do excesso de peso, dores, azia, intestino preso, cansaço e falta de disposição podem ser alguns dos sinais de que sua alimentação precisa de ajustes

É importante saber que nem sempre alimentos considerados “saudáveis” podem ser consumidos por todo o tipo de pessoas, pois existe a individualidade bioquímica, o que torna cada um de nós um complexo único! Cada organismo lida de uma forma diferente com o mesmo alimento. O que para alguns pode ser uma simples proteína alimentar, para outros pode provocar reações na pele, problemas gastrointestinais e até mesmo alterações metabólicas. “O que é alimento para alguns poderá ser veneno para outros”, já dizia o filósofo Lucretius.

“Ao longo de um ano consumimos em média uma tonelada de alimentos, isso se considerarmos uma ingestão média de três quilos de alimentos e bebidas por dia. A quantidade consumida de produtos industrializados, com alto percentual de aromatizantes, edulcorantes, conservantes e demais aditivos artificiais, estão trazendo cada vez mais danos à saúde e refletindo no dia a dia das pessoas”, alerta a nutricionista Dra. Aline Andretta, especialista em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia e com mestrado em Medicina Interna.

A especialista esclarece que para elaborar o Plano Alimentar é preciso identificar se o paciente apresenta alguma intolerância ou hipersensibilidade alimentar. “Iniciamos pela história de vida, realizamos o recordatório alimentar, um questionário de rastreamento metabólico, e investigamos seus sinais e sintomas clínicos. Além da avaliação para identificação dos sistemas acometidos, podem ser realizados exames complementares para verificar dosagens de vitaminas e minerais no organismo e, se necessário, ser feita uma suplementação individualizada”, explica Dra. Aline.

Emagrecimento saudável e com efeito duradouro

Há quatro anos, a fisioterapeuta Priscila Martins Calil, 43 anos, resolveu iniciar um projeto de saúde diferenciado para perder peso de forma saudável. Insatisfeita com métodos anteriores para emagrecer, adotou o Plano Alimentar elaborado e o resultado surpreendeu: ela perdeu 15 quilos em quatro meses e se mantém com o mesmo peso até hoje. “Além do excesso de peso, eu tinha um histórico de asma e na época meu corpo estava todo inflamado. Tinha coceira nos olhos, nariz, ouvidos, tosse e pigarro constantes, períodos de insônia e precisava usar bombinha para dormir”, relata Priscila. “Minha vida mudou completamente depois que passei a me alimentar de forma adequada. Hoje, não tenho mais queixas de saúde e descobri como eu amo ser magra!”, comemora a paciente.

Para a farmacêutica Luciana Burigo Soares, 48 anos, que estava acima do peso e tinha queixas de insônia, irritabilidade e muito cansaço, a nova proposta alimentar também foi o caminho para a solução de seus problemas. “Tenho alteração na tireoide e trato com endocrinologista, mas ainda assim vivia cansada, de mau humor, tinha um sono desregrado e não conseguia emagrecer. Somente depois do novo Plano Alimentar, incluindo a utilização de suplementos e probióticos, perdi nove quilos em cinco meses. Me sinto mais disposta e bem-humorada, com menos dores articulares e muito mais equilibrada para estudar!”, comemora a paciente, que vai prestar concurso.

Outro aspecto indispensável que sempre deve ser avaliado, segundo Dra. Aline, é a saúde intestinal. Pois, além de sua importância na absorção dos nutrientes, ele ainda assume uma importante função no sistema imunológico por sua participação na defesa contra as agressões do meio externo. “Mas para que isso aconteça e o corpo não sofra com efeitos sistêmicos, é necessário que a barreira intestinal esteja saudável, porque ela serve como proteção entre o intestino e o resto do corpo”, declara.

Objetivo: nutrir as células do organismo

A nutricionista, que é mestre em Medicina Interna e leciona no Curso de Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional e Fitoterapia, explica que fatores como uma dieta inflamatória, consumo de alimentos alergênicos e uso excessivo de medicamentos, entre outros, podem levar à perda dessa barreira intestinal, aumentando sua permeabilidade, o que permite que bactérias e toxinas entrem em contato com a corrente sanguínea. “Conhecido como leaky gut syndrome , faz com que a microbiota intestinal tenha impacto no corpo inteiro, podendo desencadear doenças autoimunes, doenças respiratórias e outros distúrbios metabólicos”, alerta Dra. Aline.

Segundo a especialista, a maioria das pessoas que querem emagrecer têm a ilusão de que a única forma de conseguir é ficando sem comer ou comendo apenas alimentos “zero calorias”. “O problema é que nesse processo esquecem de pensar na saúde. Para todas as funções do corpo funcionarem há uma demanda enorme de nutrientes, e a melhor forma de consegui-los é através da alimentação adequada”, acentua

A paciente Priscila entendeu bem essa dinâmica. “Antes, minhas dietas eram muito restritivas, me sentia com fome, não saciava. Hoje, além de não sentir mais fome, aprendi que os alimentos curam. Estou com saúde e de bem com a vida!”, celebra.

“Minha missão é trazer saúde! Não me preocupo em contar calorias, conto nutrientes! O objetivo é nutrir as células do organismo do paciente para que todos os seus órgãos funcionem harmonicamente e ele restabeleça sua saúde de forma integral!”, conclui a nutricionista clínica funcional Dra. Aline Andretta.

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