Angiologia / Vascular

Pequeno detalhe que faz toda a diferença

A engenheira sanitarista Amanda Stiz de Carvalho, 33 anos, tinha o desejo e o sonho de melhorar seu nariz, desde os 15 anos. “Eu vivia insatisfeita com ele, mas não era uma coisa que eu precisasse fazer para me sentir bonita, era um detalhe”, comenta Amanda, que realizou o tão esperado procedimento há três anos. Sentir-se mais bela ou mais bonita é um desejo natural – tanto das mulheres, quanto dos homens. A autoestima é um fator importante para a saúde do corpo e da mente, ela reflete na longevidade, na autoconfiança e na felicidade. O importante é se aceitar e buscar atitudes saudáveis que irão refletir na sua qualidade de vida; mas se algo lhe desagrada ou incomoda, por que não melhorar?!

Amanda levou um tempo maior para concretizar seu desejo. “Na época, eu morava no interior e não havia recursos para realizar uma cirurgia corretiva e nem mesmo teria o apoio dos meus pais. Quando mudei para Curitiba, já adulta, pude programar e me preparar para dar um fim a essa pequena insatisfação, com que convivi minha vida inteira”, revela a engenheira.
“Busquei a indicação de conhecidos para encontrar um profissional, fiz consulta, exames e falei para o médico que queria que o resultado ficasse bem natural, sem parecer que eu fiz o procedimento”, conta. Amanda relata que a cirurgia foi bem tranquila, que só se sentiu desconfortável na primeira noite, mas teve uma recuperação rápida. “Em apenas 30 dias, para mim ele estava perfeito bem natural, do jeitinho que eu queria. É muito bom poder se sentir ainda melhor na frente do espelho!”, comemora.

Rosto equilibrado e em harmonia

As cirurgias de nariz são as mais realizadas no mundo, e o Brasil está no topo do ranking desses procedimentos. “A procura é elevada porque o nariz é a parte do rosto que mais interfere no equilíbrio facial, em sua harmonização. A rinoplastia e a septoplastia são cirurgias que utilizam técnicas menos invasivas, de baixa complicação e pouco risco, o que facilita a recuperação no pós-operatório”, explica o médico-cirurgião otorrinolaringologista Dr. Maurício Buschle, que é diretor clínico do Hospital Iguaçu, em Curitiba.

De acordo com o especialista, o procedimento com finalidade reparadora pode ser realizado a partir dos 14 anos, mas isso depende da avaliação clínica e do quadro do paciente. Algumas pessoas podem apresentar alterações simples que não chegam a prejudicar sua autoestima e convívio social. Outras, porém, possuem desproporções maiores, ou deformidades mais significativas, que abalam seu psicológico. São aquelas que se sentem notadas em qualquer ambiente e se veem imperfeitas. “No caso dos adolescentes, precisamos compreender que a maturidade ainda está sendo formada, e que é necessário enfrentar o problema, com compreensão e diálogo, pois essas alterações podem gerar efeitos negativos para toda uma vida, mesmo que elas não sejam tão aparentes. A indicação cirúrgica deve ser vista sempre com muita cautela”, enfatiza Dr. Buschle.

Técnicas de cirurgia funcional e reparadora

Pacientes que apresentam disfunções respiratórias como adenoide, hipertrofia dos cornetos nasais, desvio de septo e até deformações causadas por acidentes podem ser beneficiados com a associação das técnicas de cirurgia funcional e reparadora. “Em um único procedimento cirúrgico, corrigimos a disfunção respiratória e harmonizamos o equilíbrio entre o nariz e as demais estruturas da face”, revela o especialista.

Vivian Campestrini, bancária, 36 anos, tinha uma sinusite crônica, crises de rinite e ronco, devido à adenoide e um desvio de septo, que dificultavam sua respiração: “Eu recebi o diagnóstico para a cirurgia três anos antes de realizá-la. Mas foi só quando um colega do banco fez que me convenci em fazer o procedimento. No mesmo dia da cirurgia já estava respirando melhor, foi incrível, e nunca mais tive sinusite”, revela a bancária, que realizou a intervenção cirúrgica em 2014. Vivian conta que sempre teve vontade de melhorar o formato do nariz, mas que para ela era um detalhe, pois seu aspecto não a incomodava tanto. A bancária aproveitou o procedimento para dar uma “melhoradinha” na harmonia facial. “Hoje, só me arrependo de não ter feito antes, ficou ótimo, funcional e muito bonito, e pude influenciar outras pessoas a realizar o procedimento. Afinal, o desconforto com a sinusite era enorme, o ronco diminuiu significativamente e tenho episódios de rinite ocasionalmente!”, celebra Vivian.

Dr. Maurício enfatiza que a vantagem de a cirurgia ser realizada por um cirurgião otorrinolaringologista é que, além de tratar as disfunções, ele está sempre focado na melhora da qualidade da respiração do paciente.

Planejamento alinhado à estrutura facial

O paciente deve ser avaliado de forma única, analisando suas queixas e as expectativas quanto ao procedimento; os exames são realizados, bem como são explicados todos os passos da cirurgia: “Traçamos uma expectativa dentro do real, diante do esperado. Mesmo com todos os avanços e as tecnologias disponíveis, escolher um ‘modelo’ ou copiar o nariz de outra pessoa não é o recomendado. O resultado deve ser harmônico e natural, alinhado à estrutura facial de cada pessoa”, destaca Dr. Maurício Buschle. Os cuidados no pós-cirúrgico envolvem repouso, evitar o uso de óculos e esforço pelo menos durante a primeira semana, e não se expor ao sol sem proteção solar por aproximadamente três meses também é recomendado. “Hoje não existe mais a necessidade de usar o tampão. Na maioria dos casos, o processo de cicatrização em 30 dias já está avançado e é possível perceber o resultado. Como todo procedimento cirúrgico, principalmente reparador, a cicatrização final e o inchaço finalizam após um ano. Então, fuja dos padrões de imagem impostos a você e exponha-se mais para a vida, sem restrições. “A felicidade está dentro de você; o importante é se aceitar, mas se precisar de ajuda uma especialista deve ser procurado”, conclui Dr. Maurício.

… e as orelhas, têm jeito?

As famosas “orelhas de abano” perseguiram muita gente na escola, até hoje. Claro, são as crianças e os adolescentes quem mais sofrem. Identificar essas alterações e tratá-las evitarão traumas e sequelas emocionais para o futuro. “Elas são conhecidas como patologias sociais em razão da aparência e levam diversos jovens a quadros depressivos, com dificuldade de aprendizagem e isolamento”, explica Dr. Maurício. Por isso, quanto mais cedo tratar essa alteração melhor. Suas causas geralmente estão associadas a fatores genéticos. Essas orelhas proeminentes surgem ainda no útero materno e podem se agravar com o crescimento do pavilhão auricular, causando afastamento em relação à cabeça. Elas podem até provocar a perda dos relevos naturais da estrutura da concha auditiva. A solução é chamada de otoplastia, uma cirurgia muito simples, mas que precisa esperar o completo amadurecimento do pavilhão auricular para ser realizada a intervenção. “Ela costuma ser indicada a partir dos 5 anos de idade, quando as orelhas já atingiram o seu tamanho normal. Os adultos também se beneficiam com a técnica, pois a cartilagem das orelhas pode ser modelada em qualquer fase da vida. Os procedimentos são seguros, a cicatriz fica atrás das orelhas e existe até cirurgia sem corte. “Através de uma pequena incisão é possível remodelar a cartilagem, aproximando o pavilhão do crânio, suturando internamente para mantê-lo no lugar até a cicatrização final”, explica Dr. Buschle. Como toda intervenção, há riscos, mas, como dito antes, são minimizados por técnicas modernas, com o uso de tecnologia e cuidados no pós-operatório. Seguir corretamente a indicação do médico é primordial. “Cuidado nunca é demais”, enfatiza Dr. Maurício.

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