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Cicatrizes: menos medo, mais cuidado

Alimentação adequada, corticóide, fitas compressivas e até radiação local podem ajudar no processo de cicatrização

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Muitas pessoas não fazem uma cirurgia de que têm vontade por medo de ficar com alguma marca ou cicatriz. O cirurgião plástico, Dr. Paulo Bettes explica: “não existe cirurgia sem cicatriz”, entretanto existem cuidados a serem tomados para que essas marcas fiquem quase despercebidas.

O cirurgião plástico esclarece que fatores raciais, a qualidade no acabamento das suturas, o tipo de fio utilizado e os cuidados no pós-operatório interferem na cicatrização. Dr. Paulo Bettes conta que estudos mundialmente conhecidos comprovam que pessoas da raça negra e asiáticas têm maior propensão a cicatrizes hipertróficas e aos quelóides.

  • Cicatrizes Hipertróficas: cicatrizes elevadas, tensas, avermelhadas, dolorosas, pruriginosas, que não ultrapassam lateralmente os bordos da lesão inicial e com o tempo mostram tendência á regressão.
  • Quelóides: lesões de aspecto tumoral benigno, às vezes pediculadas, dolorosas e prurignosas, de coloração avermelhada ou violácea. Ultrapassam os bordos da lesão inicial e não têm tendência à regressão espontânea.

O cirurgião ensina maneiras de reduzir o aparecimento dos quelóides: segundo ele o uso de betaterapia (radiação local aplicada sobre as cicatrizes), o uso de pomadas de corticóide tópico no pós-operatório, o uso de fitas compressivas e/ou placas de silicone, uma alimentação rica em vitaminas e proteínas e seguir as recomendações de repouso tendem a reduzir a incidência de quelóides e proporcionar uma melhor cicatrização.

Dr. Paulo Bettes esclarece que mesmo após a pessoa ter quelóide ou uma cicatriz hipertrófica é possível realizar um procedimento cirúrgico para sua retirada. Nesse procedimento a cicatriz é refeita com técnicas específicas para cada caso, tendo, portanto, que ser tomados cuidados especiais no pós-operatório para prevenir que essas cicatrizes inestéticas reapareçam.

Dr. Paulo Bettes explica que “As causas do aparecimento dos quelóides ainda são desconhecidas, mas sabe-se através de alguns estudos que, microscopicamente as cicatrizes ao encostarem as bordas da ferida uma na outra sofrem um processo enzimático que cessa o crescimento da mesma. Já em cicatrizes hipertróficas ou quelóides esse processos de inibição pelas enzimas não ocorre”, esclarece.

O cirurgião finaliza dizendo que após um procedimento cirúrgico as pessoas devem ficar atentas ao processo de cicatrização, principalmente quando não conhecem a reação do seu corpo. Quanto mais cuidado se tem com as cicatrizes menos aparente ela ficará, por isso é de extrema importância  tomar os cuidados necessários e ter acompanhamento médico nesse período.

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