Medicina

Liberdade sem óculos

Com os avanços da oftalmologia, pacientes com problemas de visão podem livrar-se dos óculos ou lentes de contato num piscar de olhos

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Além do desconforto que provocam nas atividades do dia-a-dia, os óculos podem ser um empecilho para o bom desempenho no trabalho. Era o caso da fotógrafa Silvia Letícia Wolff, de 34 anos. “Os óculos eram um transtorno na hora de utilizar a câmera fotográfica e, quando usava lentes de contato em ambientes fechados, o ar condicionado me deixava os olhos irritados, fazendo com que eu piscasse o tempo todo, o que prejudicava meu trabalho”, afirma a profissional, que optou pela cirurgia refrativa a laser e  ficou livre para realizar com desenvoltura o seu trabalho.

“Fiz a cirurgia em abril do ano passado e ainda estou deslumbrada com o resultado”, comemora a fotógrafa, que tinha quase cinco graus de miopia e precisava do auxílio de óculos e lentes de contato desde os 17 anos. A profissional não aguentava mais as restrições ao seu trabalho, como na praia, em que as lentes lhe irritavam os olhos e os óculos aumentavam o suor no rosto. Sem contar que não podia entrar no mar ou frequentar festas, pois as lentes deixavam seus olhos irritados. A decisão era difícil: ou ficava incomodada com as lentes ou, sem elas, tinha dificuldades para enxergar as pessoas. Liberdade é a palavra que define o sentimento da paciente após a cirurgia. “Nasci de novo”, avalia.

Planejamento e inovação

Para as pessoas que também passam por essa situação incômoda de depender de óculos ou lentes de contato, os problemas podem ter solução com a moderna cirurgia refrativa a laser.  Após fazer uma consulta e optar pelo procedimento mais indicado para cada caso, o paciente pode passar a enxergar perto, longe e à meia distância. Hoje existe uma ampla gama de modernas correções a laser que possibilitam a sonhada melhora da qualidade de vida, sem óculos.

“O número disponível de opções para a correção visual cresce com o avanço da tecnologia e a escolha e utilização do procedimento correto exige planejamento, estudo e considerações especiais do cirurgião”, explica o oftalmologista Dr. Artur Schmitt, da Clínica Barigui de Oftalmologia, que acaba de completar sua especialização em Cirurgia Refrativa no Bascom Palmer Eye Institute, da Universidade de Miami, considerado nos últimos cinco anos o melhor Hospital de Oftalmologia dos Estados Unidos.

A cirurgia a laser é um procedimento indolor, com duração de poucos segundos, no qual ocorre um micropolimento da córnea, diminuindo ou, literalmente, eliminando os graus de miopia, astigmatismo, hipermetropia e até da presbiopia (vista cansada). “Inclusive, com a moderna tecnologia Wavefront é possível personalizar a cirurgia para cada caso, obtendo resultados ainda melhores”, revela o médico. Trata-se de uma tecnologia inovadora que faz uma espécie de “impressão digital” da visão de cada paciente, permitindo o tratamento de aberrações ópticas individuais. De acordo com o oftalmologista, os resultados da cirurgia refrativa com a tecnologia Wavefront são impressionantes: “Em alguns estudos clínicos, 98% dos pacientes alcançaram, sem óculos, visão de 20/20 (visão normal), e muitas vezes o indivíduo já está apto para retornar às suas atividades no dia seguinte”.

Melhor cicatrização e visão imediata

Antes de se submeter à cirurgia, o paciente deve consultar um oftalmologista qualificado, que fará um exame oftalmológico completo do olho a ser operado: refração adequada, topografia e paquimetria da córnea, qualidade do filme lacrimal, avaliação do cristalino e da retina, pressão intraocular, entre outros. Como o micropolimento da córnea é mínimo com o laser, ocorre rápida cicatrização e muito menos desconforto. A maioria dos pacientes enxerga perfeitamente quase que imediatamente após a cirurgia. Atualmente, o procedimento é indicado para pacientes adultos com graus estabilizados nos últimos 12 meses e que não possuam outros problemas oculares associados. Boa parte dos pacientes submetidos à cirurgia a laser não precisa mais usar óculos ou lentes de contato para o resto da vida.
A exemplo da irmã, Giovane Mara Wolff, 38 anos, então portadora de miopia e astigmatismo, também se submeteu à cirurgia refrativa com o Dr. Artur Schmitt  e festeja: “Me considero outra pessoa”. A professora sofria em sala de aula quando usava lentes de contato, devido ao pó de giz.  “Se não usasse lentes não enxergava os alunos a partir da terceira fila; se usasse óculos ficava com uma marca de calor no rosto, sem falar em tantas outras restrições, como praticar esportes e usar rímel”, relata com bom humor. As irmãs contam que a cirurgia é indolor, a recuperação é tranquila e que a visão vai melhorando com o passar do tempo. “O resultado é fantástico”, reforçam. Elas garantem ter beneficiado muito sua vida profissional e pessoal com a decisão de operar.

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