Bem Estar

Logoterapia

Resgatando o sentido da vida

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Às vezes, a vida parece não fazer mais sentido, parece que ele se perdeu. A cada dia, porém, milhares de pessoas decidem buscá-lo, para poderem se sentir realizadas, plenas e felizes. Contudo, essa é uma busca difícil de se concluir, principalmente sozinho. Problemas pessoais, doenças, traumas, as pequenas e grandes dificuldades da vida, frustrações, falta de oportunidade, situações difíceis no trabalho e o estresse cada vez mais intenso da vida moderna interferem na capacidade do ser humano de encontrar paz e felicidade por si mesmo. Alguns chegam até mesmo a questionar o próprio sentido da existência.

Mas, acredite: é possível descobrir as suas respostas e renascer para uma nova vida. “O homem sempre procurou dar um sentido à sua vida, mergulhando no seu ‘eu’, porém, as frustrações dessa necessidade passaram a ser um sintoma constante do nosso tempo. Esses sentimentos de isolamento, sofrimento, angústia e falta de sentido configuram o vazio existencial que muitos experimentam”, destaca a psicóloga Dra. Maria Valdívia Pappen Cardoso, com muitos anos de experiência.

Maria Valdívia atua com a Logoterapia, conhecida como o “Iluminar com a luz do sentido”. Criada em Viena pelo médico psiquiatra Dr. Viktor Frankl (1905-1997), é uma psicoterapia centrada na busca do sentido da vida, já que não é possível conceber a existência sem o seu sentido – assim como não se pode imaginar a luz sem a claridade.

De acordo com Frankl, existe um sentido na intimidade de cada um que é como um santuário interno, que, apesar de sofrimentos e enfermidades, permanece lá, como uma vocação adormecida da espécie humana. A psicóloga explica que deste santuário interno emerge uma “voz” que já nasce dentro de cada ser. E este sentido, alojado em nós, gera uma interação, uma junção dinâmica na qual deixa de ser estático e começa um movimento “para”.

“Nós somos como uma semente, trazemos em nosso interior um código preservador, uma identidade segura de crescimento perfeito e organizado. Porém, trazemos, nesse código ge-nético programado, uma característica peculiar aos humanos, que é a capacidade de assumir a direção do seu sentido. Isso acontece pela força da consciência, da capacidade de ser livre e assumir responsabilidades, o que nos proporciona controlar e determinar nosso destino, que antes estava ‘determinado’. O homem é dono de uma vontade de sentido pessoal e intransferível, que o eleva acima dos condicionamentos”, diz a Dra. Maria Valdívia.

 

Etapas do tratamento

A primeira etapa do tratamento é a entrevista psicológica, em que a profissional busca levantar as queixas e os sofrimentos do paciente, dando as orientações necessárias. Em seguida, vem a fase do relaxamento, momento em que a psicóloga o conduz a uma interiorização, proporcionando seu bem-estar, facilitando a eliminação do estresse, equilibrando sua respiração, ritmo cardíaco e cerebral, e iniciando o resgate de sua saúde física, emocional e espiritual.

A terceira etapa é a da positivação, em que a pessoa aprende a separar de si mesma os seus sofrimentos, a comandar o seu inconsciente e a buscar um “sentido” que mostrará “para quê” quer a cura.

Na quarta e última etapa, é identificada a origem dos sintomas, promovendo a reconstrução emocional para um novo “vir a ser”. “Tudo acontece como se nossos desequilíbrios, limitações, vícios, medos, ansiedades, fracassos, frustações, desesperanças, dores e enfermidades estivessem localizados nas poucas raízes de uma árvore com muitas ramificações, folhas e frutos, que se encontram doentes por causa da ‘seiva doente’ que emana da raiz. Assim, a própria pessoa reformula seus condicionamentos e identifica registros positivos. O processo de mudança é rápido, porque a pessoa acaba tendo uma nova percepção de sua realidade e se conecta com um novo nível de consciência”, destaca Maria Valdívia.

 

Um renascer

“Posso afirmar que renasci para uma nova vida após o tratamento com a Logoterapia. Hoje consigo ver a vida de outra forma e compreendi o meu passado”, relata Felipe*, de 25 anos. Adotado ainda bebê por uma família humilde, o jovem passou a se sentir muito sozinho após a morte do pai adotivo, que era alcoólatra. “Com a ausência dele, me aproximei de pessoas que me acolheram, mas que usavam drogas, traficavam e roubavam. Com isso, estava me destruindo. Minha mãe já havia até me internado, mas foi em vão, acabei sendo preso e machuquei minha família”, conta o paciente, que aceitou fazer o tratamento a pedido do irmão, que já havia feito a Logoterapia. “Aceitei o tratamento por medo de morrer e, para minha surpresa, após dez sessões já havia perdido o desejo de usar drogas. Percebi que sou mais importante do que as drogas e descobri o meu potencial para ser um vencedor e dar orgulho à minha família”, comemora ele, que mudou sua realidade, tem um emprego digno, passou no vestibular, cursa Filosofia e é hoje um dos motivos de alegria da família.

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