Constipação intestinal: A culpa pode ser da sua rotina
Prisão de ventre ou intestino preguiçoso são queixas muito comuns entre os adultos, principalmente mulheres. Cerca de 70% da população feminina sofre com esses problemas, segundo a pesquisa Saúde Intestinal da Mulher (SIM), conduzida pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).
Mas engana-se quem pensa que constipação intestinal refere-se a ficar dias sem ir ao banheiro – o conceito é muito mais abrangente, pois qualquer sintoma de não ter evacuado completamente está relacionado à constipação, mesmo que o ritmo intestinal seja diário. Então, é possível sofrer com o problema sem nunca ter se dado conta.
Dores, sangramento, hemorroidas, fissuras anais e esforço para evacuar são sintomas e também consequências de um intestino constipado. As mulheres padecem mais devido às alterações hormonais, ou, em alguns casos, em consequência de traumas de partos.
A constipação está relacionada também com outros fatores, como alterações de humor e ganho de peso. Além disso, com o passar do tempo a inervação da região final do intestino padece com tantos traumas que pode até mesmo sofrer consequências mais graves, como incontinência fecal.
Porém, é válido ressaltar que existem atitudes que podem solucionar alguns casos de constipação. Alimentação balanceada é essencial. De acordo com a médica nutróloga Dra. Debora Froehner, diretora da Clínica Nutrocare, “um cardápio rico em frutas com casca, legumes e verduras preferencialmente crus, cereais integrais e ingestão contínua de água favorecem o bom trânsito dos alimentos nos intestinos”.
Outra opção é o biofeedback ou fisioterapia pélvica, considerado uma alternativa não cirúrgica para tratar inúmeros casos de constipação. De acordo com o médico coloproctologista especialista em fisiologia anorretal Dr. Ilário Froehner Junior, o biofeedback tem benefícios que vão além da melhora dos sintomas. “O tratamento também reduz a recorrência de fissuras e muitas vezes trata hemorroidas. Após a avaliação inicial e realização de alguns exames, as sessões são realizadas semanalmente, no próprio consultório, sem dor. Em muitos casos, a melhora já se torna evidente na primeira sessão”, finaliza o especialista.
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